Identificar precocemente os sinais do Transtorno do Espectro Autista (TEA) é essencial para garantir intervenções eficazes e personalizadas. Entre as ferramentas mais utilizadas para apoiar esse processo, destaca-se a CARS — Escala de Avaliação do Autismo na Infância.
Ela foi criada para oferecer uma visão clínica objetiva, por isso, é amplamente aplicada no mundo todo e continua sendo uma referência confiável para avaliação diagnóstica.
Neste artigo, você vai entender como funciona a escala CARS, quem pode aplicá-la e qual o papel desse instrumento no diagnóstico do TEA na infância.
O que é a escala CARS e como ela é usada no autismo?
A sigla CARS vem do inglês Childhood Autism Rating Scale. Trata-se de uma escala comportamental que avalia a presença e a intensidade de características relacionadas ao autismo em crianças.
Seu objetivo é distinguir crianças com desenvolvimento típico daquelas com suspeita ou diagnóstico de TEA, oferecendo uma pontuação quantitativa que orienta os próximos passos clínicos.
Como funciona o método CARS em crianças
A CARS é composta por 15 itens que analisam diferentes aspectos do comportamento infantil, incluindo comunicação verbal e não verbal, relacionamento interpessoal, uso de objetos, adaptação a mudanças e resposta a estímulos sensoriais.
Cada item recebe uma pontuação de 1 a 4, sendo que escores mais altos indicam maior grau de comprometimento. A soma dos pontos resulta em um escore total, que pode indicar ausência, leve, moderado ou grave comprometimento relacionado ao espectro.
A aplicação é observacional e pode ser realizada durante sessões clínicas ou ao longo de avaliações mais amplas. O método considera tanto o comportamento espontâneo da criança quanto situações específicas conduzidas pelo avaliador.
Quais critérios são avaliados na CARS?
Os 15 itens avaliados na escala CARS incluem:
- Relação com pessoas;
- Imitação;
- Reações emocionais;
- Uso do corpo;
- Uso de objetos;
- Adaptação à mudança;
- Resposta visual;
- Resposta auditiva;
- Resposta a sabores, cheiros e toque;
- Medo e ansiedade;
- Comunicação verbal
- Comunicação não verbal;
- Nível de atividade;
- Capacidade de resposta intelectual;
- Consistência das reações comportamentais.
Esses critérios oferecem uma visão ampla do funcionamento da criança em diferentes áreas do desenvolvimento, ajudando o profissional a construir um perfil funcional detalhado.
Quem pode aplicar a CARS e em que contexto?
A CARS deve ser aplicada por profissionais da saúde treinados e com experiência no desenvolvimento infantil — como psicólogos, psiquiatras infantis, neurologistas ou terapeutas ocupacionais especializados.
Além disso, esse instrumento pode ser utilizado tanto em consultórios quanto em clínicas multiprofissionais, escolas e centros especializados.
Sua aplicação costuma ocorrer como parte de uma avaliação diagnóstica mais ampla, especialmente em crianças que apresentam sinais iniciais de autismo ou dificuldades no comportamento e na comunicação.
Quais outros métodos para diagnosticar o TEA na infância?
A escala CARS é uma ferramenta muito útil, mas não é a única utilizada no processo de avaliação do TEA. Outros instrumentos complementares incluem:
- ADOS-2 (Autism Diagnostic Observation Schedule): protocolo estruturado de observação clínica;
- ADI-R (Autism Diagnostic Interview): entrevista com os pais sobre o desenvolvimento da criança;
- Questionários de triagem e escalas de desenvolvimento;
- Observação direta em contextos naturais, como escola e casa.
Vale lembrar que o diagnóstico do autismo é sempre multifatorial, exigindo a integração de diferentes fontes de informação. Além disso, o diagnóstico precoce do autismo é essencial para garantir os melhores desfechos no desenvolvimento infantil.
Onde levar a criança com sinais de TEA para um diagnóstico?
O primeiro passo é procurar um médico. Somente o médico está habilitado a realizar o diagnóstico e emitir o laudo de TEA. Esse laudo é indispensável para garantir direitos e iniciar o tratamento adequado. Para esse processo de investigação e diagnóstico, são utilizados instrumentos como a CARS, o ADOS-2, entrevistas clínicas, escalas de desenvolvimento e observações em diferentes contextos.
Na bloomy, rede de clínicas com foco em terapia ABA no autismo, recebemos as famílias já com o laudo médico em mãos e oferecemos um processo de acolhimento completo. Além disso, nosso atendimento é pensado para oferecer segurança e orientação às famílias desde o primeiro contato.
Após o diagnóstico, é criado um plano de cuidado personalizado, com tratamento multidisciplinar para crianças com autismo, que pode incluir:
Nosso compromisso é com o desenvolvimento integral da criança — no seu tempo, com apoio técnico e humano.