Entender os sinais de autismo desde cedo pode transformar a jornada de desenvolvimento de uma criança.
Isso porque a identificação precoce possibilita intervenções mais eficazes, apoio adequado às necessidades individuais e um ambiente mais acolhedor para que a criança possa se desenvolver com mais segurança e autonomia.
Muitas vezes, pequenos comportamentos passam despercebidos no dia a dia, mas quando observados com atenção, podem oferecer pistas valiosas sobre o neurodesenvolvimento.
Neste artigo, explicamos os principais sinais em cada faixa etária da primeira infância e como agir com responsabilidade, escuta e afeto.
Principais sinais de autismo na infância
É importante observar com atenção os primeiros comportamentos que podem surgir já nos primeiros meses de vida. Entenda:
Nos primeiros meses (bebês até 12 meses)
Embora muitos sinais ainda não sejam evidentes nessa fase, alguns comportamentos podem levantar um alerta:
- Pouco ou nenhum contato visual durante a amamentação ou quando chamado;
- Falta de resposta ao nome por volta dos 6 meses;
- Pouca imitação de expressões faciais ou sons;
- Dificuldade em estabelecer vínculo com os cuidadores.
Entre 1 e 2 anos
Nessa fase, o desenvolvimento da linguagem e da interação social se torna mais evidente. Alguns sinais de autismo incluem:
- Atraso na fala ou ausência de palavras até os 18 meses;
- Pouca ou nenhuma tentativa de se comunicar (por gestos, sons ou apontar);
- Falta de interesse em brincar com outras crianças;
- Preferência por brincadeiras repetitivas ou objetos giratórios;
- Pouca resposta quando é chamado pelo nome.
Entre 2 e 3 anos
Com o aumento da exigência social e da comunicação, alguns sinais se tornam mais visíveis:
- Dificuldade em manter contato visual prolongado;
- Atrasos significativos na fala e na comunicação não verbal;
- Interesses restritos ou hiperfoco em determinados temas;
- Dificuldade em expressar emoções ou entender as dos outros;
- Preferência por rotinas e resistência a mudanças.
Entre 3 e 5 anos
Nessa etapa, os sinais podem se manifestar de forma mais ampla:
- Interação social limitada, com dificuldade de brincar em grupo;
- Linguagem repetitiva (ecolalia) ou uso incomum da fala;
- Movimentos estereotipados (como bater as mãos ou balançar o corpo);
- Sensibilidade sensorial aumentada (a sons, cheiros, texturas);
- Dificuldade em compreender regras sociais e brincar de faz de conta.
Para entender mais sobre o contexto social e educativo do autismo, acesse nosso artigo sobre conscientização do autismo.
O que fazer ao identificar sinais de autismo
Observar um ou mais desses sinais não significa automaticamente que a criança tem TEA. No entanto, é essencial buscar orientação profissional o quanto antes.
O primeiro passo pode ser uma avaliação com um pediatra, seguido de encaminhamento para especialistas como neurologistas, psiquiatras infantis, psicólogos ou terapeutas ocupacionais.
Evite esperar ou comparar com outras crianças da mesma idade. Cada criança se desenvolve no seu ritmo, mas o olhar atento da família pode antecipar o acesso a intervenções e apoio.
Importância do diagnóstico precoce
Diversos estudos indicam que quanto mais cedo a criança com TEA inicia um plano terapêutico adequado, melhores são os resultados no desenvolvimento cognitivo, social, emocional e comunicativo.
O diagnóstico precoce permite a aplicação de estratégias baseadas em evidências, como o uso da Análise do Comportamento Aplicada (Terapia ABA), fonoaudiologia, terapia ocupacional e psicopedagogia.
Além disso, a identificação precoce também ajuda a família a entender o perfil da criança, adaptar rotinas e garantir os direitos legais previstos, como acesso a terapias pelo plano de saúde e suporte na escola.
Para saber ainda mais detalhes sobre a importância de identificar cedo os sinais de autismo, leia sobre a importância do diagnóstico precoce TEA.
Como a família pode observar e registrar os sinais
Os cuidadores são as primeiras e mais importantes fontes de observação do comportamento infantil. Registrar os sinais percebidos pode ser essencial para uma avaliação mais precisa.
Algumas orientações práticas, incluem:
- Anotar comportamentos que causam dúvida ou preocupação, com a frequência e o contexto em que ocorrem;
- Observar como a criança reage a estímulos sensoriais (barulhos, toques, texturas, luzes);
- Registrar interações sociais espontâneas ou ausência delas;
- Observar se há regressão em habilidades previamente adquiridas;
- Registrar o desenvolvimento da linguagem verbal e não verbal (gestos, expressões faciais);
É importante manter a calma durante esse processo e não buscar um autodiagnóstico.
O objetivo da observação é contribuir com os profissionais de saúde e educação, oferecendo informações valiosas que favoreçam uma intervenção adequada e individualizada.
Pais e mães que acompanham de perto o desenvolvimento dos filhos e buscam informação de qualidade contribuem significativamente para a construção de uma trajetória mais acolhedora e eficiente.
Por isso, o acompanhamento contínuo, com abertura para o diálogo e acesso a fontes confiáveis, é essencial.
O olhar atento transforma realidades
Reconhecer os sinais de autismo desde os primeiros meses de vida não é motivo para alarme, mas sim uma oportunidade de garantir um desenvolvimento mais respeitoso e eficaz para a criança.
Compreender o TEA exige escuta, paciência e acesso à informação confiável.
Na bloomy, acreditamos que cada criança tem potencial para florescer. E quanto antes esse cuidado começa, mais caminhos se abrem.
Nosso time multidisciplinar está preparado para acolher famílias desde o primeiro olhar de suspeita, com escuta sensível, avaliação especializada e planos de desenvolvimento personalizados.
Quanto antes o diagnóstico for realizado, melhor para o desenvolvimento da criança, que pode entrar em atividades específicas desde cedo.
Para saber mais sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), acompanhe nosso blog e conheça a bloomy, uma rede de clínicas especializada em autismo infantil em São Paulo, com foco em atendimento humanizado, uso de tecnologia e cuidado integral para toda a família.